quarta-feira, 17 de abril de 2013

OPINIÃO: Uma cidade organizada faz diferença no Turismo

Com o potencial turístico que Macapá possui, temos visto há anos a capital sofrer com problemas que lamentavelmente fazem com que avanços no setor possam ocorrer.

Quem chega na cidade, por exemplo, por vias aéreas, logo se defronta com o aeroporto internacional pequeno, limitado, que não atende mais as necessidades do fluxo de passageiros. Já quem chega pelo Rio Amazonas, seja das regiões ribeirinhas ou mesmo pelo grande transatlanticos oriundos do Caribe, da America do Norte ou Europa, desembarcam no pequeno e limitado porto de Santana para depois deslocarem-se para a capital.

Ruas esburacadas, matos e lixos espalhados pela cidade deixam uma má impressão para o turista que chega esperando desfrutar dos lugares que a capital oferece. Manutenção e conservação da limpeza, iluminação adequada, e segurança, são pontos que os órgãos responsáveis devem atentar para garantir que o pontecial do Estado ao turismo não seja prejudicado.

Uma cidade organizada e bem cuidada faz a diferença no setor turístico. Certamente, isso deve ficar claro aos poderes públicos competentes, contudo, a população também deve levar em consideração que a conservação de espaços limpos deve ser um esforço em comum.

O zelo pelos pontos turísticos beneficiaria a todos e teria um impacto direto no turismo.

Por Jefferson Souza

Curiaú: Turismo com preservação ecológica e cultural



Localizado na capital do Estado, a Área de Proteção Ambiental do Curiaú (APA) foi criada pelo decreto estadual 024 no ano de 1990. Considerado um dos pontos turísticos mais significativos tem como objetivo proteger e conservar os recursos naturais e ambientais do local.

A estes valores junta-se o carater histórico-cultural que a localidade apresenta. Um recanto quilombola que hoje é referência para os povos tradicionais de origem africana. Um pólo guardião da cultura negra no Estado do Amapá.

A localidade é banhanda pelo Rio Curiaú. O nome é uma evolução da palavra "Criamú" ( junção das palavras "criar" com o sufixo "mu" referindo-se ao gado da região) originando o termo "Curiaú". 

Habitado por comunidades formadas por antigos escravos trazidos no século XVIII para a construção da Fortaleza de São José de Macapá que fugiam para a região escapando dos trabalhos forçados.

Este grupos deixaram na região como herança a cultura africana com seus batuques, musicalidades, costumes e linguagem. Com o tempo o refúgio foi se configurando como uma localidade habitacional de descendentes destes primeiros habitantes.

Com o decreto estadual a APA tornou-se um dos principais pontos turísticos da capital. Em julho, a área é utilizada por banhistas para o lazer.


Por Jefferson Souza

terça-feira, 9 de abril de 2013



Vitória, e do Jari



  
Chegar ao sul do Estado do Amapá inclui colocar no roteiro muitas aventuras. A estrada de acesso ao Município de Vitória do Jari é basicamente a mesma que segue à esquerda do km 21 da BR-156, rumo ao Laranjal do Jari (município próximo), e grande parte dela não é asfaltada. Chegando ao Laranjal é preciso pegar uma pequena embarcação, ou balsa; atravessando o rio Jari até o município de Monte Dourado, na Pará. De lá, basta seguir até a localidade de Munguba, também no Pará, e finalmente, tornar a travessia do rio chegando à Vitória do Jari. Somente esta jornada já vale muito a pena.

   
O município de Vitória do Jari exemplifica bem a realidade de uma, das muitas cidades da Amazônia brasileira, que nasceram a partir do desenvolvimento dos “Grandes Projetos” na Amazônia. Existe um contraste notável quando se relaciona a realidade da cidade de Monte Dourado e da vila de Munguba, ambas no lado paraense, com a de Vitória. Elas foram construídas para os funcionários das fábricas, e hoje, remetem a verdadeiras cidades fantasmas que lembram cenários de filmes de terror ou suspense. Para os mais afeiçoados com as questões sociais e ambientais; a viagem ao extremo sul do Amapá representa uma aula de geografia, política e cidadania bem prática. Durante o caminho não é difícil se questionar sobre a realidade de tantas terras destinadas ao cultivo do Eucalipto, e a razão pela qual tantas pessoas moram sobre o rio.

   Mesmo dentro de um contexto complexo, a população desdobra-se no intuito de fazer circular a economia. A renda das famílias gira basicamente em torno das fábricas de celulose instaladas do outro lado do rio. A CADAM e a Jari Celulose deixam mais evidentes as diferenças sociais perceptíveis no lugar. O rio separa duas realidades sociais: de um lado, as fábricas, que chamam a atenção pelas estruturas; e do outro, as palafitas, que expressam as condições de vida de grande parte da população.

   Prestes a completar 19 anos de criação oficial, o município de Vitória do Jari apresenta cenários interessantes. São muitos os sinais que mostram a grandiosidade da natureza mesmo com os problemas sociais, e a presença dos parques industriais. O passeio pela cidade garante o encontro com realidades distintas e imagens inesquecíveis.






quarta-feira, 27 de março de 2013

Começando o Giro pelo Amapá


No topo do Brasil, às margens do Rio Amazonas, sob o sol escaldante que marca a linha do Equador existe um lugar, um povo. Terra marcada pelos passos do som das caixas do marabaixo. Herança da cultura negra que se instalou por essas bandas, como o Forte com nome de santo, que desde longa data protege quem aqui chega. Com mais de dois séculos de história, constrói a cada dia sombras que protegem o seu povo, como os galhos da árvore que dá nome ao seu território: Amapá.


O Amapá se confunde em muitos aspectos com as outras cidades do norte do Brasil. Até pouco tempo pertencia ao Pará. Passou a Território Federal em 1943, e finalmente foi elevada categoria de Estado da Federação Brasileira no ano de 1988. Guarda para quem aqui chega inúmeras alternativas que ajudam a reconhecer as riquezas daqui.

Apesar de tantos atrativos, faltam políticas públicas que atentem para o desenvolvimento do turismo. Por conta disso, as maravilhas amapaenses são ofuscadas ao resto do Brasil e do mundo. Quem aqui chega não se arrepende. Mas com certeza gostaria de encontrar condições favoráveis a sua curiosidade.

O GIRO AMAPÁ nasce como uma proposta de apresentar um pouco da vasta cultura material e imaterial daqui. Aquilo que o Amapá tem de melhor poderá ser encontrado neste blog. Conheça o norte do Brasil. Comece pelo Amapá.